O Dia Mundial do Diabetes, comemorado em 14 de
novembro, é uma data de sensibilização quanto à prevenção da doença, seu diagnóstico precoce e o controle das variações da glicemia (que é o açúcar do sangue). Tal controle depende intimamente de um estilo de vida saudável, que envolve a
prática de atividade física, uma alimentação equilibrada e também o controle do
estresse.
Em relação à alimentação, a boa notícia é que as
diretrizes mais atuais, como a da American Diabetes Association, não são prescritivas e enfatizam
a individualização do plano terapêutico nutricional. Ou seja, elas colocam que não existem “alimentos proibidos” ou comidas específicas que a
pessoa com diabetes não possa comer, mas ressaltam que a mudança de
comportamentos é sim necessária para um bom controle e convívio com a doença.
Agora em outubro, no workshop do movimento
Nutrição Comportamental - do qual faço parte como membro do Genta -, pude falar sobre estratégias
para auxiliar na mudança de comportamentos alimentares de indivíduos com diabetes
(aliás, haverá um capítulo só sobre o tema no livro da Nutrição Comportamental,
que será lançado ano que vem!). E uma dessas estratégias é a prática do mindfulness termo que pode ser traduzido como “atenção plena” (e que também estará no livro!).
A atenção plena é a capacidade de intencionalmente trazer
atenção ao momento presente, sem julgamentos ou críticas, com uma atitude de
abertura e curiosidade. A prática da atenção plena, que se dá por meio de exercícios
meditativos, nos faz responder de forma menos automática a determinados
estímulos, inclusive alimentares. Já escrevi nesse blog sobre um estudo que
avaliou os benefícios do comer com atenção plena (mindful eating) para o controle metabólico de
pacientes com diabetes tipo 2, e outros estudos publicados recentemente (vejam aqui e aqui) já mostraram que a atenção plena promove benefícios na qualidade de vida, na
redução do estresse e consequentemente no controle glicêmico de pacientes com
diabetes.
Se você conhece alguém com diabetes ou mesmo convive com
a doença, não se contente com regras alimentares genéricas sobre o que deve ou
não comer. Sua alimentação pode ser pensada de forma global, levando em conta
seu estilo de vida, suas preferências e o autoconhecimento de seu corpo e seus
sinais internos. Pense nisso.
Aproveito para
deixar como dica um outro texto sobre essa data comemorativa, que escrevi em
2011 aqui no blog.
Boa semana a todos!
Parabéns! Muito bom os seus posts!!
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