segunda-feira, 21 de abril de 2014

O lado bom de um dia ruim


Esse texto escrevi pensando sobre aqueles dias em que parece que tudo dá errado: você acorda atrasado, o ônibus está mais cheio que de costume, no trabalho surgem diversos imprevistos, o dia parece que não passa e a sensação é de total inadequação. Outro dia mesmo aconteceu isso comigo, e eu estava tão chateada que cheguei a desejar ter acordado com dor de garganta pra não precisar ter saído da cama!

Mas, como diz o ditado, sempre há o outro lado da moeda. Comecei a reparar que, nesses dias ruins, qualquer pequena alegria se torna um momento de alívio e satisfação. Estamos mais abertos para observar os pequenos milagres da vida: um cão que passa na calçada e cheira sua perna, uma mãe que passeia com seu bebê sorridente, aquela árvore que você quase nunca nota e que de um dia para o outro começou a florir... (isso aconteceu comigo no dia em que mencionei acima, daí a razão da figura para este post!).

Além disso, nesses dias temos a possibilidade de olharmos para dentro de nós e questionarmos o que o sentimento que estamos vivenciando quer nos passar. Qualquer sentimento, por pior que seja, tem a função de nos passar uma mensagem sobre nós mesmos e como interpretamos o mundo. Isso é, caso a gente se permita de fato senti-lo.

Finalmente, momentos difíceis aumentam nossa resiliência, que é capacidade de enfrentarmos e superarmos as adversidades. Tem um texto e um vídeo muito interessantes sobre como aumentar esta nossa capacidade aqui. O livro de Andrew Solomon, “Longe da árvore”, também trata sobre resiliência de uma forma muito instrutiva: contando histórias de famílias que tiveram que criar filhos “diferentes”: deficientes, esquizofrênicos, superdotados e transexuais. O livro é comprido (mais de 1000 páginas!), mas vale a pena ler, nem que seja alguns trechos.

Bom feriado a todos!

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