segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Entendendo a motivação para o tratamento nos transtornos alimentares – parte 2

E vamos dar seguimento ao assunto abordado no último post. No artigo “The myths of motivation: time for a fresh look at some received wisdom in the eating disorders”, a autora coloca também algumas reflexões interessantes sobre estratégias motivacionais usadas no tratamento de pacientes com transtornos alimentares:

1. Demonstrar empatia não basta. É necessário adotar uma postura mais firme e pragmática, estabelecendo limites e as variáveis “não-negociáveis” do tratamento (no caso do tratamento nutricional, um exemplo seria o preenchimento do diário alimentar).
2. O melhor indicativo de motivação por parte do paciente é de fato a mudança de comportamento (parece óbvio, mas nem sempre é!).
3. Desde o início do tratamento, o paciente deve entender que a responsabilidade de mudar é dele, que o tratamento é apenas um facilitador.
4. Metas de tratamento não cumpridas devem ser sempre retomadas.
5. Se uma estratégia não está sendo eficaz no tratamento, mude um pouco a abordagem. Não se pode esperar resultados diferentes agindo de uma mesma forma. Afinal, a mudança é um processo ativo, e não algo que “simplesmente acontece”.
6. Se depois de um certo tempo de tratamento o paciente não estiver se engajando nas mudanças comportamentais necessárias para sua melhora, não é errado o profissional admitir que não sabe como ajudá-lo e pedir sugestões de como fazê-lo. Pelo contrário! Isso pode ser bastante produtivo para o tratamento. A relação terapêutica se torna mais forte quando há honestidade de ambas as partes.

E vocês leitores, concordam com essas estratégias? Comentários são sempre bem-vindos e respondidos!

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